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Este artigo trata das divergências entre o pensamento dos filósofos gregos Platão e Aristóteles.


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[...] ainda que exista algum bem único que seja universalmente predicável dos bens ou capaz de existir separada e independentemente, esse bem não poderia, é evidente, ser realizado ou alcançado pelo homem; e o que buscamos aqui é algo atingível. (ARISTÓTELES, 2001. p. 24).

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"Discípulo da Academia de Platão durante 19 anos, Aristóteles rompe com a teoria dualista, após a morte de seu mestre, fundou sua escola, o Liceu, e assim elabora seu próprio sistema filosófico a partir de uma crítica ao pensamento de seu mestre, Platão, sobretudo à teoria das Idéias. [...] Aristóteles rejeita o dualismo platônico (onde há o ponto primordial de sua crítica), representado na teoria das idéias. Aristóteles levanta a questão no que diz respeito às dificuldades de se explicar a relação entre o mundo inteligível (Mundo das Idéias) e o mundo sensível (a Caverna). [...] Assim, Platão nunca mostrou interesses específicos pelos fenômenos físicos como tais, concebia a pesquisa dos fenômenos naturais e as ciências físicas como estruturalmente ligadas à narração mítica (por que ligadas ao devir), considerava essa pesquisas um jogo, embora elevadíssimo. Aristóteles na Academia, nutria com grande interesse no mundo físico, indiferente dos demais que, deixavam este de lado e nutria o mundo das Idéias. Aristóteles assim começa toda sua crítica a este sistema de conhecer platônico. Para ele se, as Idéias e os Princípios são supra – sensíveis e transcendentes, então eles não servem de modo algum ao objetivo em vista do qual foram introduzidos: justamente enquanto transcendentes, eles não podem ser nem causa da existência, nem causa do conhecimento das coisas sensíveis, por que a causa essendi et cognoscendi das coisas deve estar nas coisas e não fora delas. Todas as críticas de Aristóteles a Platão, reduzem - se, a um núcleo fundamental, em lugar do Princípio transcendente do Uno – Bem, será preciso introduzir o Bem entendido como causa final de toda a realidade, como a finalidade de todas as coisas. [...] O mundo do supra – sensível não é um mundo de Inteligíveis, mas sim de Inteligências, Aristóteles nunca pretendeu negar o mundo supra – sensível, mas negar a forma que Platão falava sobre esta. A visão de Aristóteles do processo de conhecimento é mais linear do que a de seu mestre, Platão. Não há rupturas como ocorre no indivíduo dentro da “caverna”, trata-se de um processo cumulativo, em que passo a passo progredimos. Neste processo, Aristóteles, ao contrário de Platão, inicia – se com os sentidos ou a sensação, onde seu mestre vê estes como pouco confiáveis. O próximo passo deste processo é a capacidade de retenção dos dados sensoriais, memória, pois não haveria conhecimentos se tivéssemos só os sentidos. Após estes passos, constitui – se a experiência, onde temos a capacidade de estabelecer relações entre os dados sensoriais retidos na memória. A próxima etapa é chegar à técnica, onde podemos determinar a causa, buscar o porquê das coisas, o conhecimento prático. E o último passo do processo de conhecimento é a ciência ou saber teórico, o conhecimento de conceitos e princípios, é um saber gratuito, uma finalidade em si mesma, que satisfaz uma curiosidade natural do homem."[1]


"Segundo o ponto de vista aristotélico, o Universal está nas coisas ou nos objetos particulares. Ou seja, a idéia de livro se realiza em cada livro, sem que seja necessário pensar a idéia universal de “Livro” existindo de forma independente no mundo das idéias. Em outras palavras, Aristóteles transporta para as coisas particulares as idéias eternas ou universais (de Platão). Ou ainda, traz para o mundo sensível as idéias eternas de Platão, que existiam independentes no mundo inteligível."[2]


"Durante 19 anos Aristóteles, discípulo da Academia de Platão se desfaz dos ensinamentos do mestre após a sua morte em 348 a.C. e formula seu próprio sistema filosófico. O platonismo e o aristotelismo inspiraram dois grandes eixos rivais no pensamento filosófico e teológico; [...] Nascido em 384 a.C. em Estágira (hoje Stravó), na Macedônia, Aristóteles escreveu vários tratados de pesquisa empírica e de questões biológicas, pois seu pai era médico, aos 18 anos foi transferido para Atenas para estudar, foi o discípulo mais brilhante. [...] A partir de uma crítica do pensamento pré-socrático e platônico, Aristóteles desenvolveu seu pensamento como podemos ver na Metafísica, sua principal obra filosófica. Queria elaborar uma idéia filosófica própria mas baseando-se nas falhas de seus antecessores; [...] O ponto central da crítica de Aristótes a Platão consiste na rejeição do dualismo, inicialmente a respeito às dificuldades de explicar a relação entre o mundo inteligível ou das idéias e o mundo sensível ou material referentes ao início do diálogo de Parmêndes de Platão; [...] Os pré-socráticos e Platão encontraram dificuldades e problema pois não fizeram distinção acerca de noções que discutiam provocando confusões conceituais. Com o problema do ser e a teoria da causalidade Aristóteles defende as distinções claras; [...] A teoria Aristotélica quando a causalidade visam resolver impasse, presente em Platão, entre o monismo de Parmênides e as teorias pré-socráticas e do atomismo. Para Aristóteles há uma confusão no emprego de vários sentidos e uso do verbo "ser" (einai), no tratado das categorias elas são identidade, atributo ou predicativo; [...] Aristóteles ao contrário de Platão, valoriza os sentidos e sua contribuição para o desenvolvimento do conhecimento, também precisamos da memória como capacidade de retenção dos dados sensoriais;[...]"[3]


"A filosofia aristotélica é, portanto, conceptual como a de Platão mas parte da experiência; é dedutiva, mas o ponto de partida da dedução é tirado - mediante o intelecto da experiência. [...] Aristóteles é o criador da lógica, como ciência especial, sobre a base socrático-platônica [...]. Foi dito que, em geral, a ciência, a filosofia - conforme Aristóteles, bem como segundo Platão - tem como objeto o universal e o necessário; pois não pode haver ciência em torno do individual e do contingente, conhecidos sensivelmente. Sob o ponto de vista metafísico, o objeto da ciência aristotélica é a forma, como idéia era o objeto da ciência platônica. A ciência platônica e aristotélica são, portanto, ambas objetivas, realistas: tudo que se pode aprender precede a sensação e é independente dela. No sentido estrito, a filosofia aristotélica é dedução do particular pelo universal, explicação do condicionado mediante a condição, porquanto o primeiro elemento depende do segundo. Também aqui se segue a ordem da realidade, onde o fenômeno particular depende da lei universal e o efeito da causa. Objeto essencial da lógica aristotélica é precisamente este processo de derivação ideal, que corresponde a uma derivação real. A lógica aristotélica, portanto, bem como a platônica, é essencialmente dedutiva, demonstrativa, apodíctica. O seu processo característico, clássico, é o silogismo. Os elementos primeiros, os princípios supremos, as verdades evidentes, consoante Platão, são fruto de uma visão imediata, intuição intelectual, em relação com a sua doutrina do contato imediato da alma com as idéias - reminiscência. Segundo Aristóteles, entretanto, de cujo sistema é banida toda forma de inatismo, também os elementos primeiros do conhecimento - conceito e juízos - devem ser, de um modo e de outro, tirados da experiência, da representação sensível, cuja verdade imediata ele defende, porquanto os sentidos por si nunca nos enganam. [...] Partindo como Platão do mesmo problema acerca do valor objetivo dos conceitos, mas abandonando a solução do mestre, Aristóteles constrói um sistema inteiramente original. [...] Observação fiel da natureza - Platão, idealista, rejeitara a experiência como fonte de conhecimento certo. Aristóteles, mais positivo, toma sempre o fato como ponto de partida de suas teorias, buscando na realidade um apoio sólido às suas mais elevadas especulações metafísicas. [...] Aristóteles opõe-se, frequentemente, a Platão e à sua teoria das Ideias. Para o estagirita não é possível pensar uma coisa sem lhe atribuir uma substância, uma quantidade, uma qualidade, uma actividade, uma passividade, uma posição no tempo e no espaço, etc. [...]"[4]


Yahoo Respostas:

Porque Aristóteles rompeu com Platão?

Melhor resposta, escolhida por votação:

Porque Platão acreditava em dois mundos separados [...] Aristóteles não acreditava que existia esses dois mundos, e sim somente um, o que nós vivemos, mas todas as coisas que existem aqui possuem uma essência, a essência é uma característica imutável de todos os seres e uma característica que não sofre mudança nem do tempo, nem de espaço... A essência é oque da a individualidade de cada ser.

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20120809100113AABZyyH


Sobre a passagem de Aristóteles pela Academia de Platão:

"Há várias escolas na cidade. Mas a Academia de Platão é a mais acreditada. Aristóteles, apesar do seu aspecto elegante, requintado, barba rapada e cabelo cortado, é o provinciano na grande urbe, centro e farol do Mundo. [...] Nunca será um orador, mas um leitor. Na Academia descobrem que é de fora. Da Macedónia? Sim, nasci lá, responde Aristóteles, prudentemente, como se quisesse que o facto fosse despiciendo, ocasional. [...] Está em Atenas. Isso é o que importa. A noroeste, fora das portas da cidade, fica a escola de Platão, um velho ginásio sob a protecção do herói Hecadémio. Não se entra na Academia para tirar um curso de xis anos. Entra-se, sai-se, fica-se o tempo que se quiser. Não há carreiras, exames, cursos com limites. Vai-se para aprender, para ensinar. Uma palavra elogiosa do mestre, um estímulo, é o bastante. Platão há-de dizer que Aristóteles é o melhor dos seus alunos, a Inteligência, o Cérebro, o Espírito puro. Por isso, o jovem macedónio ficará vinte anos na Academia, estudando, encarregando-se de disciplinas, ensinando. [...] Não será só quanto à doxa que se manifestará o desacordo com Platão, mais velho do que ele quarenta e três anos. Esse desacordo, todavia, jamais será conflito ou oposição violenta. Até ao último dos seus dias, Aristóteles será pró-platónico, mesmo divergindo. [...] Quando Aristóteles completa trinta e sete anos, Platão morre. Espeusipo, filósofo e professor medíocre [...] sobrinho de Platão e ateniense dos quatro costados, será, por testamento, o novo director da Academia. É provável que Aristóteles se tenha enfurecido. [...] Em Assos, o seu amigo Hermias (que também passara pela Academia) eunuco e escravo liberto, rico, poderoso, amigo da filosofia, é, agora o tirano. Aristóteles parte para lá, a fim de fundar uma escola. O segundo exílio. Atenas fica para trás. Uma memória viva, uma experiência vivida que Aristóteles sonha repetir. E repetirá."[5]


Sobre a Acedemia de Platão e o Liceu de Aristóteles:

"[...] As semelhanças entre a Academia e o Liceu eram profundas. Mas seria injusto concluir que estas eram instituições idênticas. Durante o tempo de permanência de Aristóteles na Academia eram já visíveis as divergências entre Aristóteles e Platão. Contudo, e apesar do tempo que passou na companhia dos académicos, Aristóteles sempre se evidenciou como um homem intelectualmente independente. Tudo aponta para a conclusão de que o Liceu representa uma nova faceta da educação de Atenas. [...] Há quem defenda que as raízes desse desenvolvimento se encontravam já na Academia. No entanto, nenhum membro da Academia anterior a Aristóteles parece ter defendido uma classificação sistemática dos seres feita segundo um espírito genuinamente empírico e independentemente de qualquer finalidade metafísica. [...] Contrastando com a Academia, o Liceu vivia mais sob o lema de uma cooperativa do que de uma relação dialéctica entre os diversos membros. O progresso do conhecimento era visto no liceu como o resultado dos vários contributos individuais e de tarefas partilhadas com efeitos cumulativos. [...] Porque Aristóteles depositou muito mais confiança na palavra escrita do que Platão, acontece que, sob a liderança de Aristóteles e Teofrasto, o Liceu produziu uma enorme quantidade de material escrito. As formas que muitas dessas produções escritas tomaram diferiam de tudo o que a Academia havia produzido até então. [...] A desconfiança de Aristóteles relativamente à dialéctica significou também que a sua escola seguiu procedimentos educacionais diferentes dos procedimentos seguidos pela Academia, De uma forma breve, podemos dizer que havia mais instrução e menos discussão. Aristóteles acreditava no valor comunicativo da palavra e desenvolveu um número de técnicas pedagógicas para facilitar o processo de instrução. Nas conferências fazia uso de diagramas, imagens e tabelas para clarificar o que havia sido dito. [...] Não só Aristóteles dava instrução aos alunos da escola, à noite, como também ensinava publicamente, durante a parte da manhã. Esta prática foi continuada por Teofrasto e as aulas dadas durante a manhã tornaram-se tão populares que chegaram a ser assistidas por perto de duas mil pessoas. Deste modo, e contrastando com a Academia, a exposição foi mais favorecida no Liceu, havendo regularmente exposições ou prelecções realizadas pelo líder da escola ou outros membros. [...] Tanto Aristóteles quanto Teofrasto desvalorizaram igualmente a importância da matemática tendo-se concentrado muito mais na biologia e ciências naturais. Pelo contrário, a matemática constituía a disciplina mais importante na Academia. Aristóteles defendeu a retórica como disciplina, tendo inclusivamente dado, segundo parece, instrução neste campo durante o tempo que permaneceu na Academia. É pois provável que a sua escola tenha dado mais ênfase ao estudo da retórica do que a Academia de Platão. Uma outra diferença muito acentuada entre a Academia e o Liceu tem a ver com a posição ou estatuto de Aristóteles na cidade de Atenas. Aristóteles, ao contrário de Platão, não era um cidadão ateniense mas um estrangeiro. Platão por seu lado era descendente de uma velha família ateniense muito influente. Tanto Aristóteles como quase todos os membros conhecidos da sua escola não tinham cidadania ateniense e portanto a escola de Aristóteles não tinha tanta liberdade nem, provavelmente, tão grande inclinação para intervir na política ateniense, ao contrário do que se passava com os membros da Academia de Platão. Nesta ordem de ideias, é de referir uma outra diferença profunda: o facto do Liceu não ter "produzido" quase nenhuma figura pública, político ou orador, apesar de se ter dedicado ao ensino da retórica. Tal facto contrasta nitidamente com o que se passou com vários discípulos da Academia de Platão que encaixaram na perfeição em encargos políticos e de liderança. [...] Uma outra diferença significativa entre o Liceu e a Academia deve-se ao facto de Aristóteles, sendo considerado um não-cidadão ateniense, não poder possuir qualquer bem na cidade pelo que não deixou qualquer propriedade no seu testamento. [...] quando Teofrasto assumiu a liderança do Liceu, as instalações consistiam somente em terrenos e edifícios públicos, isto é, nada comparável à propriedade de Platão onde se situava a Academia."[6]


A questão macedônica de Aristóteles:

"Um dos factores que contribuiu para a precariedade da posição de Aristóteles em Atenas foram as suas inegáveis ligações Macedónicas. Não só nasceu na cidade de Estagira (Macedónia) sendo filho do médico da corte, como tamém foi professor de Alexandre. Aristóteles tinha, de facto, alguma influência a nível do poder macedónico (como o testemunha o facto de Alexandre ter procedido à reconstrução da cidade de Estagira, destruída por Filipe, satisfazendo deste modo um pedido seu) mas não era propriamente um partidário da prepotência macedónica. Estes contactos impediram sempre a sua simpatia e adesão ao partido popular anti-macedónico, liderado em Atenas por homens como Demóstenes. A violenta reacção anti-macedónica que se deu em Atenas em 348 a.C., pode ter sido um dos motivos que influenciou a saída de Aristóteles da Academia, depois de vinte anos de permanência. Deste modo, quando Aristóteles voltou para Atenas em 335 a.C. e fundou a sua escola no Liceu, as circunstâncias não eram muito favoráveis à existência de boas relações entre a escola e a cidade. Dado que o partido anti-macedónico em Atenas se revelava especialmente hostil para com o Liceu, a escola de Aristóteles dependia desde o princípio da governação macedónica. Quando a morte súbita de Alexandre foi anunciada em Atenas (323 a.C.), ocorreu de imediato uma manifestação anti-macedónica, sendo Aristóteles, obviamente, um alvo a atingir."[7]

Wikipédia[]

Outros sites[]

http://gellfilo.blogspot.com.br/2009/09/aristoteles-e-sua-critica-seu-mestre.html

http://casadacoruja.blogspot.com.br/2009/02/critica-de-aristoteles-ao-mundo-das.html

http://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/filosofia.html

http://alunoesperto.com/aristoteles-e-as-ideias-da-aristocracia


Sobre a Academia e o Liceu:

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/ac_lic/acvsliceu.htm


Assuntos relacionados[]

Notícias[]

Referências[]

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 4. ed. São Paulo: Martin Claret, 2001.

Notas[]


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